Em breve, devolverei suas coisas.
São suas, não minhas, por tanto, não devo ficar com elas. Isso inclui o numero do seu celular, mas não posso prometer que o esquecerei - é difícil esquecer um numero que já foi discado tantas mil vezes.
Devolva, por favor, as minhas também. Sei que o que é meu com você não se compara ao que é seu comigo. Não deveria ter deixado nada seu ficar. O problema é que a cada coisa que se instalava por aqui eu me sentia mais sua e isso ia me dando um sentimento bom, gostoso, sabe, de me sentir em casa mesmo que a minha própria casa não fizesse eu em sentir assim.
Dai eu fui me acomodando e deixando estar, mas não se preocupe, eu vou devolvê-las. Não sou ladra, sou apenas solitária. Tenho que aceitar minha sina.
E por falar em aceitar, não vou mais impor que você mude. Seja do jeito que você acha que deve ser. Quem sou eu para dar conselhos aos outros? Quem sou eu para dizer que devemos sempre melhorar? Talvez quem quer que você seja, seja muito melhor do que eu jamais serei.
Eu não deveria depender de você nem te frustrar assim. Mas você sabe como é minha realidade, me desculpe por procurar alguém que você seguro para mim, um mastro para me agarra em meio a tempestade. Não foi justo fazer você disso, mas eu acho que eu nunca vou poder amar ninguém que não assuma esse papel para mim, porque quem deveria assumir não assume.
Não há porque continuar vivendo assim. Sendo triste. Não, não vou mais te importunar com as minhas idéias revolucionárias nem meu animo para fazer o mundo ser um lugar melhor. Acho que eu devo mesmo é fazer alguma faculdade que em ensine a me conformar com a realidade do jeito que ela é e parar de lutar contra o sistema. Talvez eu deva ser acomodada como a grande massa, talvez eu devesse ser cega. Talvez assim eu fosse mais feliz.
Mas chega de possibilidade, o que é certo já esta dito. Desculpe-me caso eu tenha te ofendido. Isso jamais acontecerá novamente.
Eu já te disse, me ligue se achar que deve. Se não, deixe como esta. Eu inevitavelmente vou saber se você seguiu em frente. E seguirei também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário