você e eu,

Rio de janeiro, 18 de novembro de 2010

Querido Aro,

E apesar de tudo e por causa de tudo, você me ensinou muito. Para ser sincera, você é a pessoa que mais me ensinou sobre a vida e meio duro para eu admitir isso, porque você também me decepcionou muito. Sei que ultimamente nós temos brigado muito, eu queria saber o real motivo disso - não é simplesmente diferença de opinião - porque brigar com você, sinceramente, acaba comigo.
Acaba como se o lugar onde você costuma ficar no meu coração começasse a arder e depois o mundo perde a graça. Como se uma das minhas estrelas preferidas do céu, perdesse o brilho (mas quando você ta perto fica tudo bem). É triste, por isso eu odeio brigar com você.
Mas de uns tempos para cá, tem sido inevitável, até a mais simples resposta se torna uma faca voado na direção oposta. Não é justo que tudo tome esse rumo, depois de tantos e tantos momentos juntos e felizes. Porque você faz parte da minha vida e mesmo que eu quisesse tirá-lo, não poderia. Você está associado a tudo que mais amo.
Você tem a capacidade incrível de me irritar, me deixar triste, me alegrar, que ni
nguém mais tem (you are the only exception (8) , e para ser sincera eu nem sei como você consegue isso, porque você faz sem tentar. Você ainda é presente na minha vida, mesmo com todas as brigas e todas as discussões, mas parece que tudo vai acabar com um final trágico - você saindo do colégio e nós dois brigados. Embora seja esse o caminho - quase? - inevitável, se for mesmo um fim e se tiver que acabar eu não quero que acabe assim.
Sei que não quero acabar tendo que dizer que te odeio, porque seria crueldade da minha parte. Não se engane, não é que você não mereça minha amizade, é só que nós dois já fizemos muitas besteira, no caminho que já era difícil, sabe-se lá como, nós o dificultamos mais ainda e perdemos o controle, e como um carro sem controle nossa amizade segue pela estrada prestes a bater num poste, a causar um acidente e então tudo irá pelos ares. É só que eu gostei, ou gosto muito de você para ver tudo que vivemos, as alegrias e tristezas, o que eu aprendi e o quanto eu mudei com você ser em vão, não valer a pena. Talvez eu minta ao dizer isso, mas eu quero tanto que ainda seja verdade, que minto feliz – em borá odeie mentir – : eu te amo , Aro Pontielli, o que você é para mim, ninguém jamais será. Dane-se os erros dos outros e os nossos erros, vamos recomeçar, você e eu? Amigos como no ano passado, como tudo deve ser?
É, acho que eu não minto ao dizer: eu te amo.
Se for para ter um final, que seja um final feliz.

da sua querida atrapalhada pela vida,


Luna Waldorf ;*

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