Ao som de Brooklyn Baby, Lana Del Rey
Uma caneta prendia sua massa de cabelos enquanto ela escrevia versos e linhas em seus pulsos.
Rolava uma vibe de drogas em seu sangue e uma larica de açúcar.
Um punhado de decisões ruins faziam a sua história que, os eruditos, considerariam promiscua por desafiar a moral que eles acreditam ser regra mas, é falsa.
Ela era a brisa que a carregava, sempre julgada como imatura e mais esperta do que podiam prever. Tão esperta que habilmente se disfarçava de tola.
Com olhos ferozes, absorvia tudo e dançava suave como as águas de um rio. E suave também era o veneno que ela distribuía naquele que se aproximavam demais.
Ela era poesia.
Mordia os lábios quando estava pensando e costumava fitar o nada quando ninguém estava por perto, porque na presença de outros seres humanos fazia questão de olhar a todos nós olhos para enxergar seus caráteres.
Uma vida de riscos, uma vida de aventuras, uma vida de limites avançados e regras quebradas.
Se envolvia demais e os outros por ela, mas quanto mais apaixonados eles estavam, mais ela se desencantava.
Ela é julgada por suas cores e não por sua alma. Eles acham que ela é o corpo e não aquilo que o preenche. Mas ela é a energia que a move. A vitalidade que a leva para longe de casa e que deixa os seus preocupados com sua segurança. Porque ela gosta de se submeter ao imprevisível.
Ela gosta de estar entre aqueles que ainda que não a entendam, são plenamente capazes de viver com ela e apreciar sua beleza divergente.
Ela era prosa.
Versos de uma história que se rasgava e tomava rumos ondulantes como fitas ao vento.
Ela sabia seu caminho e não mais brincava de viver. Vivia. Fresca como só os de sangue jovem podem ser, mas escorada como só alguém que já se deparou muito com os pecados poderia se tornar.
Tentadora pelo conjunto, ela esmagaria seu coração.
E você deixaria.
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