Frustrante não é uma palavra boa o suficiente para descrever a decepção.
Mas que culpo eu tenho se acordo com a mão estendida, desesperada para alcançar meus sonhos? Que culpo eu tenho por acreditar?
Na verdade, creio que não sou a acusada e sim, a acusadora, por apontar o dedo para a vida e perguntar: por que agora?
Todos queremos atravessar a porta que foge, ver o cachorro falecido, a cara do desconhecido e por isso esticamos a mão. E esticamos mais. E continuamos esticando, até não poder mais. Ao cair, aqui estamos sentados numa possa de suor e lagrimas e gritos. Diante do inexorável e derradeiro fim.
Diz-se que não faz sentido o afastamento daquele objetivo que estamos prestes a conquistar, no momento que estamos mais próximos dela, mas faz. Mas faz, pois quanto mais perto chegamos, mais nós queremos o prêmio e quanto mais difícil for para conquistá-lo, mais valor daremos a ele.
Mas a frustração de perdê-lo é água fervente sobre o corpo. É banho de ácido seguido por escamação.
Perdê-lo para a injustiça, para a mentira e para não merecimento.
Perder. Palavra pesada de conotação definitiva.
Perder: o derradeiro e inexorável fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário